Relatório de ameaças aponta para um aumento no número de vírus que mineram criptomoedas

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As empresas de cibersegurança Kaspersky Lab e McAfee divulgaram um relatório de ameaças apontando para um aumento no número de vírus que mineram as chamadas “criptomoedas”. Alertam que dispositivos de armazenamento USB também estão sendo usados para espalhar essas pragas, onde elas já representam 1/10 dos ataques.

Apesar de serem menos comuns do que o ransomware, os malwares de mineração de criptomoedas assumiram rapidamente uma posição de destaque no panorama de ameaças. Até o primeiro semestre de 2018, a McAfee havia encontrado um total de 2,9 milhões de amostras (arquivos diferentes, ainda que com código semelhante) com capacidade de mineração de criptomoedas. No segundo trimestre, foram encontradas mais 2,5 milhões, totalizando 5,4 milhões de amostras. Embora os vírus de resgate ainda sejam a principal ameaça, alguns deles já foram “reciclados” para incluir componentes de mineração.

No caso de dispositivos USB, a Kaspersky Lab explica que o risco é maior em mercados emergentes, onde pen drives ainda são comumente usados em ambientes comerciais.

Os vírus de mineração de criptomoeda são pragas digitais que atuam de forma silenciosa após se instalarem no computador. Elas podem ou não roubar informações armazenadas na máquina, mas a principal atividade delas é utilizar a capacidade de processamento do computador para realizar os cálculos envolvidos na mineração de criptomoedas para que os hackers embolsem o “prêmio” por resolverem os chamados “blocos” que agrupam as transações de criptomoedas.

Esse tipo de ataque tem algumas vantagens para os criminosos. Uma delas é a facilidade em realizar os ganhos, dispensando laranjas para sacar ou receber o dinheiro de contas roubadas, já que é difícil associar ganhos e moedas a pessoas específicas – normalmente, os golpistas participam de “grupos de mineração”, que diluem os prêmios. É uma espécie de “bolão digital”.

Outra vantagem é que as vítimas podem não perceber que estão contaminadas por um vírus. Apenas o desempenho do computador e a duração da bateria ficam prejudicadas, mas muitos desses códigos tentam se esconder quando a vítima abre o “Gerenciador de tarefas” para conferir o uso do processador.

É importante ressaltar que, embora o principal alvo da mineração de criptomoedas sejam os computadores, eles não atacam apenas usuários Windows. Já atacaram usuários Linux por meio de “add-nos” e estão transformando outros dispositivos em vítimas frequentes, inclusive aparelhos da chamada “internet das coisas”, como câmeras de vigilância e roteadores domésticos.

Fonte: Globo

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