77% dos brasileiros temem vazamento de dados; lei só passa a vigorar em 2020
A consultoria Accenture realizou, recentemente, uma pesquisa sobre segurança e privacidade online em 13 países. O Brasil foi o país mais desconfiado quanto a proteção de dados, mesmo com a Lei Geral de Proteção de Dados tendo sido aprovada e entrando em vigor no próximo ano.
Em nosso país foram entrevistados 1.400 executivos de alto escalão e 10 mil funcionários de outros níveis, 77% deles relataram preocupação referente a forma que as empresas utilizam suas informações pessoais. Outros 76% alegaram temer que seus dados sensíveis – raça, etnia, opinião política, religião, filosofias, orientação sexual, genética, biométrica e dados relacionados a saúde – possam ser alvos de ataques cibernéticos.
Episódios de vazamentos de dados massivos como os da Cambridge Analytica e Facebook e outras entidades financeiras dão sinal de alerta em todo o mundo.
Quem protege seus dados?
O Brasil é um dos países mais atrasados da América Latina quando se trata de proteção de dados. Desde 1999, o Chile tem sua lei vigorando, enquanto que, no Brasil a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) foi aprovada somente em agosto de 2018 e a previsão é que entre em vigência o ano que vem. Desde sua criação, a LGPD tem gerado dúvidas entre empresas e cidadãos, que desconhecem os direitos e as obrigações previstas na lei.
Em dezembro de 2018 foi editada a Medida Provisória nº 869, que prevê a criação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), responsável pela fiscalização, advertências, multas e também pela conscientização sobre o correto tratamento às informações pessoais.
A tendência para os próximos anos é que as empresas irão concretizar seus negócios somente com companhias que protegerem não só suas informações como as de seus clientes e de seus fornecedores, já multa prevista para quem não respeitar a lei será entre 2% do faturamento a R$ 50 milhões por infração.
Fonte: IT Mídia